Varrer,varrer,varrer.
Podar,podar,podar. Todas as folhas secas, sem faltar
nenhuma. Tudo que for consumir mais que deve, em tempo tão seco.
Quem sabe as plantas se toquem e renasçam à chuva?
Fechar janelas antes que o frio se faça,
cortante como sóe nas madrugadas de julho.
Batismo ou crisma?
Iniciação ou renovação de promessas? Há quem diga: morri.
Prometo que estarei viva, ainda que tudo diga o contrário,
Antes que a boca seque, e as lágrimas se derretam manchando
a face,
Antes que as palavras se enxuguem e até que elas se enxuguem
e cheguem ao carbono
Que os diamantes são feitos dele e não se quebram...
A dureza que é verdade, mais que verdade, crueza, mais que
crueza, pura falta.
Tudo escreve a minha volta.
Cada som.
Meu piano mudo que não tenho coragem de fazer vibrar.
Meu violão que já nem
tenho, doei e ninguém tocou por mim...
Minha voz cujas cordas enfraqueci ao longo do tempo, de fumo
e fumaça.
Ninguém há de tocar por mim as cordas velhas e enferrujadas
de meu desejo.
Quem sabe as faço de
nylon? Serão mais fáceis de dedilhar? Será a vida mais soft ? Duvido!
A poesia que entreguei à professora de francês, nem sei mais
ao certo o que dizia, mas era algo sobre as asas do desejo, certamente asas de
anjo, les ailes ouvertes sur la vie. Vie, vide. (vida, vazio)
Ela a recusou dizendo: “poesia é fácil”, quero ver a
estrutura, quero ver a correta colocação dos pronomes nos seus lugares!!
Tenho de concordar com ela, em parte.
A correta colocação dos pronomes nos seus lugares é
fundamental...
Espero um dia saber fazê-lo, com poesia.
Você,um dia,a muitos dias atrás, começou um acróstico assim : " Inútil é recordar o que é passado..."Infelizmente, não tenho o original , nem a lembrança dos demais versos, mas combina com você, como essa prosa aí em cima!!!beijo
ResponderExcluir"Inútil é recordar o que é passado...e mais além dos pró nomes, também o tempo dos verbos é fundamental, minha amiga! bj
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